Tela de sistema de ponto digital mostrando dados de funcionários com gráficos e relógio eletrônico ao fundo

No cenário atual das pequenas e médias empresas brasileiras, reconhecer os impactos positivos de um controle de jornada digital tem sido, na minha experiência, um dos primeiros passos para a evolução da gestão de pessoas. Mas confesso: ainda recebo perguntas frequentes sobre como adotar o sistema certo, atendendo às exigências legais e protegendo tanto a empresa quanto os colaboradores.

O que significa adotar o ponto eletrônico?

Ao falar de sistemas digitais para controle de jornada, é importante entender que não estamos só marcando entradas e saídas. Estamos lidando com uma estrutura respaldada por normas brasileiras, como a Portaria 1510/2009 e principalmente a Portaria 671/2021. Ambas deixam claro: o equipamento deve ser homologado, possuir memória inviolável e garantir transparência para o trabalhador.

Painel de sistema de ponto digital exibido em computador moderno, com funcionário consultando dados em ambiente de escritório Confiar em um sistema de registro eletrônico é também confiar que toda movimentação registrada possa ser auditada, tanto por gestores quanto por órgãos fiscalizadores. Se o sistema não for homologado pelo INMETRO, como exigido, existe o risco real de autuações e questionamentos trabalhistas.

Quais os requisitos legais para implementar o ponto digital?

Minhas conversas com donos de empresas geralmente começam com aquela dúvida: “O que diz a lei?”. E, na verdade, ela diz bastante.

  • A Portaria 1510 define regras para o Registrador Eletrônico de Ponto (REP), como armazenamento seguro de dados e emissão de comprovantes ao usuário.
  • A Portaria 671 reforça que o sistema deve ser homologado pelo INMETRO, descrevendo padrões técnicos para garantir integridade e autenticidade dos dados.
  • Existe ainda a Portaria 373/2011, permitindo soluções alternativas, desde que aprovadas por convenção coletiva laboral.

Segundo dados do próprio Ministério do Trabalho e Previdência, em 2020 foram realizadas cerca de 1.200 fiscalizações relacionadas ao controle eletrônico de ponto. Dessas, 300 geraram autuações por irregularidades, mostrando que não basta apenas adotar qualquer solução: a conformidade é acompanhada de perto pelo governo.

Atribuições e responsabilidades do responsável interno

Outro ponto que faz diferença na rotina é ter alguém estruturando o processo internamente. Eu insisto nisso em todas as consultorias do Meu Relógio Ponto. A pessoa encarregada de gerenciar o controle precisa conhecer tanto o sistema escolhido como as regras para armazenamento e tratamento dos dados.

Clareza interna é a chave para não correr riscos externos.

O responsável interno atua como ponte entre os colaboradores, o sistema e a legislação. Ele monitora os registros, confere a integridade das informações e autoriza eventuais correções, sempre documentando cada etapa.

Benefícios e precauções do controle digital integrado

Falando como alguém que já viu muitos erros e acertos nesse universo, acredito que a integração com sistemas de gestão só traz ganhos. Seja para facilitar auditorias, gerar relatórios ou automatizar férias e banco de horas, a vantagem de centralizar tudo é inegável.

  • Evita retrabalho e divergências em cálculos
  • Reduz falhas manuais no tratamento das informações
  • Agiliza o atendimento em fiscalizações

Por outro lado, o armazenamento seguro dos dados é fundamental para respeitar a LGPD. Armazenar informações de ponto requer sistemas protegidos contra fraudes e acessos indevidos. Afinal, qualquer descuido pode abrir uma brecha tanto para litígios quanto para multas administrativas.

Se quiser aprofundar nesses tópicos, sugiro passar pelas seções sobre legislação e conformidade do meu blog, sem esquecer das discussões sobre tecnologia e gestão de pessoas.

Considerações finais

Adotar o ponto digital conforme as normas brasileiras não é só uma questão de modernização, é uma escolha estratégica para proteger sua empresa e garantir melhores relações de trabalho. Quer conversar mais sobre como fazer isso no seu negócio, de modo simples e direto? Fale comigo ou conheça os serviços do Meu Relógio Ponto. Já ajudei muitos a dar esse passo sem sustos, o próximo pode ser você.

Perguntas frequentes

O que é um sistema de ponto digital?

Sistema de ponto digital é uma solução eletrônica para registrar horários de entrada, pausa e saída dos trabalhadores. Funciona em equipamentos homologados, geralmente conferindo mais transparência para empresas e funcionários.

Como implementar o ponto digital na empresa?

O primeiro passo é escolher um equipamento ou serviço que esteja devidamente homologado pelo INMETRO. Depois, é preciso cadastrar todos os funcionários, definir o responsável interno pelo controle, treinar equipes e garantir o armazenamento seguro dos dados, sempre respeitando as normas da Portaria 1510/2009 e Portaria 671/2021.

Quais as normas brasileiras para ponto eletrônico?

As principais normas são a Portaria 1510/2009, sobre requisitos técnicos e segurança; a Portaria 671/2021, que reforça a necessidade de homologação, e a Portaria 373/2011, permitindo flexibilização mediante acordo sindical.

É seguro usar controle de ponto digital?

Se devidamente homologado e atualizado, é sim. O controle digital, quando implementado corretamente, reduz fraudes, facilita auditorias e protege tanto empresa quanto funcionários. É preciso, claro, sempre zelar pelo sigilo e integridade das informações.

Quanto custa um sistema de ponto digital?

Os valores variam conforme o porte da empresa, número de funcionários, recursos do sistema, forma de implantação (presencial ou nuvem) e se há necessidade de equipamentos físicos. Um orçamento personalizado pode ser feito após uma análise das necessidades, mas normalmente se adapta bem ao orçamento de pequenas e médias empresas.

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Rogerio Lins

Sobre o Autor

Rogerio Lins

Rogerio Lins é um especialista dedicado em controle de ponto eletrônico, apaixonado por orientar pequenas e médias empresas em relação à legislação trabalhista brasileira. Focado em simplificar e compartilhar conhecimento sobre equipamentos, sistemas e conformidade, Rogerio acredita na importância da segurança e da justiça na gestão de horários de colaboradores. Seu objetivo é informar e apoiar gestores e empresários para que alcancem práticas justas, seguras e eficientes no controle de ponto.

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